A grandiosa fórmula do campeonato gaúcho, imposta a partir de 2009 vem dando inúmeros problemas para a dupla grenal nos últimos três anos, principalmente no que diz respeito a Taça Libertadores da América.
Voltamos ao ano de 2009, quando foi imposta a nova fórmula do campeonato com a Taça Piratini e Taça Farroupilha (cujo nomes era Fernando Carvalho e Fábio Koff). O Grêmio se encontrava disputando a Libertadores, havia sido o vice-campeão brasileiro em 2008, tinha uma boa base de time. O técnico Celso Roth havia decidido pela preferência de preservar titulares nos jogos que antecedesse aos confrontos pela competição continental, devido ao calendário mal organizado, onde você jogava na quarta pela Libertadores, na sexta semifinal da Taça Fernando Carvalho e no domingo a final. Uma parte da mídia gaúcha e FGF pressionaram o Grêmio para que valorizasse o Gaúchão.
Celso Roth mesmo com boa campanha na Libertadores, pressionado por não ganhar grenais foi demitido, mas antes disso já havia perdido William Magrão lesionado num jogo contra o Avenida em Santa Cruz. Um bom trabalho desperdiçado e chegou o carioca Paulo Autuori e daí todos sabemos o que ocorreu na Libertadores.
Em 2010, o Internacional sofreu prejuízos na Libertadores, quando teve que jogar uma decisão com o Pelotas, logo em seguida viajar rumo ao Equador para uma importante partida da Libertadores. O Grêmio jogava a Copa do Brasil e também teve perdas como Souza que ficou fora de toda Copa do Brasil, Mário Fernandes, Borges e Leandro (ex-São Paulo) lesionados diversas vezes.
Mas, 2011 tem ficado evidente o quanto o calendário do Gaúchão atualmente atrapalha a dupla grenal. Começou com projeto de time B do Inter, que era alvo de elogios para toda mídia no RS e foi aniquilado após uma desclassificação para nada menos do que a sensação do campeonato gaúcho, o Cruzeirinho-RS. Logo após o colorado com os titulares, perdeu o zagueiro Sorondo, que vivia uma excelente fase num jogo do estadual disputado num gramado sintético, sem o mínima adaptação. A maratona de jogos decisivos do Gaúchão e da Libertadores tem sido mais problemático no lado tricolor, só para o jogo decisivo contra o Universidad Católica, os desfalques por lesão chegam à sete jogadores (Victor, André Lima, William Magrão, Lúcio, Gabriel, Rochemback e Bruno Collaço) todos lesionados durante partidas do estadual. Só durante primeira fase da competição continental o clube já perdeu Viçosa, Lúcio, Escudero, Vilson, Douglas, Gilson, Rochemback, Clementino, Gabriel entre outros.
Tudo bem, lesões são da natureza do esporte, mas com certeza a maratona de jogos decisivos pelo Gaúchão tem uma influência forte. É importante manter viva rivalidade estadual, e não estou pregando o fim do campeonato gaúcho. Entretanto porque não se procura uma fórmula onde se possa ser disputada uma fase de pontos corridos, todos contra todos(o que beneficiaria os times do interior que não ficariam mais duas semanas parados como ocorre no primeiro turno do Gaúchão) com os oito melhores se classificando para quartas, semelhante ao campeonato paulista deste ano. Nas quartas e semifinais jogos únicos, com mando para os times de melhor campanha e na final dois jogos decidem o título. Esta fórmula daria mais tranqüilidade a dupla grenal durante a fase de classificação, para poupar jogadores com problemas de lesões. Ou até mesmo alguma outra fórmula onde Grêmio e Inter não precisassem jogar tantas decisões pelo estadual, como final da taça fulano de tal, ou chimangos contra farrapos.
O que não pode é os dois grandes times do RS, continuarem a serem prejudicados e eliminados na Libertadores, afinal o título do Gaúchão, além da rivalidade, objetivamente leva a dupla grenal aonde????? Já a conquista da Copa do Brasil tem como destino à Libertadores que leva ao Mundial FIFA.