É sempre delicado analisar (principalmente, definir) um jovem jogador. Ficam sempre no ar, algumas dúvidas. Será que o jogador passa por uma excelente fase inicial de carreira? Ele dá demonstrações de qualidade que não nos deixam dúvidas sobre seu verdadeiro potencial?
Quando estamos falando de Leandro Damião, 22 anos, as dúvidas inexistem. Seu estilo – brilhante e positivamente definido pelo colega de blog e de rádio, Bruno Ravazzolli, como de peladeiro – chama atenção. Não se vê desistência em qualquer tipo de lance. Zagueiro desatento perde a bola em uma fração de segundo para ele. Lentidão? Apesar de seus 1,87 m, tem uma velocidade incrível. Além de um assustador senso de posicionamento que não se vê há muito por aí.
Pois bem, se ele tem essas qualidades, já bastariam para considerarmos um excelente centroavante. E não é que o cara tem uma técnica apurada? Seria oportunismo demais analisar Leandro Damião pelo gol de bicicleta feito diante do Flamengo de Ronaldinho ou o toque de calcanhar para Índio no primeiro gol do Inter. Nem precisa.
A temporada passada dava belos indícios do centroavante que o Inter encontrara no interior de Santa Catarina. Os 32 gols na temporada e as oito assistências (em 40 partidas) só confirmam os impulsivos quando o definiram como grande, cedo demais. Igualmente, torce o braço daqueles que ainda duvidam da capacidade do camisa nove do Inter e (sim!) da seleção Brasileira.