A derrota gremista na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil para o Palmeiras ao estilo Chelsea por 2 a 0 no estádio Olímpico, tem uma explicação fácil e conhecida pela torcida, falta de um armador nato e dois laterais de verdade.O Grêmio perdeu pela limitação do seu próprio futebol e não pelo Palmeiras ter um grande time.
Desde a saída de Douglas, o Grêmio não tem um camisa 10 clássico, um armador de jogadas que possa abrir uma retranca como a que Felipão apresentou nesta semifinal. Nenhum time vai muito longe com 3 volantes, sem criação e sem velocidade nas laterais. O tricolor gaúcho no início do ano tinha dois ótimos laterais ofensivos, Mário Fernandes e Júlio César que se lesionaram, entretanto a realidade atual é que com Gabriel e Pará o time não tem nenhum jogada de linha de fundo. Gabriel não vai a linha de fundo, não se apresenta para o jogo, parece que esta ali só para completar os 11 jogadores em campo. Pará é muito esforçado, com sua raça conquista a torcida, mas é limitado tecnicamente, além do mais é lateral direito e não esquerdo, como insiste Luxemburgo. Na armação, o tricolor tem atuado com apenas Marco Antônio, jogador de boa técnica para ser no máximo um terceiro homem de meio-campo como atuava na Portuguesa, e não armador central da equipe. O garoto Rondinelly que entrou nos 15 minutos finais, não é o camisa 10 dos sonhos da torcida, mas é um jovem com muito potencial e que já merece uma oportunidade entre os titulares do Grêmio. Para o futuro da equipe no Campeonato Brasileiro estes problemas podem ser solucionados com os reforços de Zé Roberto para a camisa 10 e Fábio Aurélio na lateral esquerdo. Na direita a volta de Edílson de lesão deve resolver o problema. Mesmo assim, o Grêmio necessita de reforços se almeja conquistar uma vaga na Libertadores pelo Brasileirão. Já na Copa do Brasil resta ao time tentar fazer um jogo a típico fora de casa, ser ofensivo sem um camisa 10, quem sabe com 3 atacantes. Bertoglio e Edílson podem voltar no próximo jogo.